Quando a gamer profissional Hana, que sofre de agorafobia aguda, recebe um novo equipamento que melhora seu jogo, ela começa a se perguntar se ele está lendo sua mente – ou controlando-a.
Reviews e Crítica sobre Latency
Latency não sabe que história quer contar, então tenta contar várias histórias simultaneamente. No centro do filme está Hana (Sasha Luss), uma gamer profissional agorafóbica. Ela mora em um apartamento imundo e decadente, mas de alguma forma consegue comprar todos os tipos de equipamentos de alta tecnologia. Quando sua única amiga Jen (Alexis Ren) vem, Hana abre o produto mais novo que ela consegue testar – um pequeno e estranho gadget que parece um Fitbit para sua cabeça e afirma ser capaz de ler a mente de seu usuário.
Há potencial nesse conceito para uma história sobre os perigos do avanço da tecnologia de IA. Em vez de continuar com isso, Latency começa a ir em várias direções ao mesmo tempo. Hana fica determinada a vencer uma competição de jogos online por meio do uso do dispositivo. Jen tenta ganhar dinheiro apostando em Hana naquela competição. Uma garotinha estranha espreita no corredor. Hana começa a ver uma aparição fantasmagórica. Seu medo de sair de casa também é um fator importante.
Esses elementos competem pelo tempo de tela, levando a uma narrativa que tem um fluxo irregular e é frequentemente mais confusa do que precisa ser. O escritor/diretor James Croke tem muitas ideias. O que lhe falta é a capacidade de reunir essas ideias de uma forma que faça sentido. Latency está presumivelmente tentando inferir que o dispositivo desbloqueia o trauma enterrado dentro do cérebro de Hana. Para conseguir isso, o filme exigiria um enredo que seguisse uma lógica clara, permitindo-nos entender o que, especificamente, a tecnologia está fazendo com o personagem. A explicação no início é nebulosa, e tudo vai por água abaixo a partir daí.
De forma um tanto inesperada, o uso da agorafobia no filme para criar tensão é muito bom. Uma sequência em que Hana faz um entregador esperar no corredor enquanto ela nervosamente assina um pacote é tensa, assim como uma cena posterior que exige que ela saia de sua porta. Sasha Luss ( Sheroes ) não é Meryl Streep, mas ela efetivamente transmite o terror dessa jovem mulher em se aventurar além das paredes de seu apartamento. Podemos sentir que Hana está mais segura lá dentro, cercada por televisores e computadores que a deixam evitar o mundo.
Ocasionalmente, filmes ruins têm uma semente de promessa neles. Esta é a semente de Latency . Um thriller envolvente definitivamente poderia ser construído em torno da noção de tecnologia inovadora transformando o espaço seguro de um agorafóbico em um inferno vivo. O filme não tem ideia de como conectar esses pontos, no entanto, fazendo com que ele rapidamente se torne confuso a ponto de você não se importar mais com nada disso.
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